Alguém ainda dúvida que todas as polêmicas abertas pelo deputado e pastor
Marco Feliciano (PSC-SP – legenda sob o domínio da Assembléia de Deus) são
milimetricamente calculadas? (Não por Jesus, calma).Obvio que
Feliciano pavimenta seu mandato com as bandeiras que defende representando a quem o elegeu na Câmara. Mas me refiro ao esforço sobrenatural para estar na boca do
povo.
Com uma equipe
por trás dele (assim como todos os outros parlamentares), Feliciano aproveita a
notícia mais importante/espinhosa da semana ou do mês para fazer algum
comentário descabido, geralmente carregado de preconceito e desconhecimento
histórico.
Veneno em dose
certa. Boa parte da mídia repercute o que foi dito pelo deputado, ampliando os
tentáculos dos sociais cristãos que aproveitam o domínio da Comissão de
Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados para fazer balcão político.
Tradicionalmente nas mãos do PT, o partido abriu mão da CDHM em prol de acordos
em nome da problemática governabilidade. “Nunca me passou pela cabeça presidir
a Comissão de Direitos Humanos, mas agora, com tanto ataque, até deu vontade”,
disse o deputado na época em que sofria muita pressão para deixar o cargo.
Desde então,
Feliciano causou controvérsia e indignação com declarações vis sobre negros, gays,
aborto, e, recentemente, Nelson Mandela, colocando seu nome em cartaz neon para mais
uma discussão que se desenvolve como um novelo de lã nas redes sociais, nos
botecos, nos elevadores, em
diversas ONGS, etc.
As comissões da
Câmara aprovam projetos que podem entrar na pauta do plenário da Casa.
Entretanto, nenhum projeto envolvendo gays, igreja ou negros chegaram próximos
(longe disso) de entrar em debate, pois todos foram desqualificados logo após
deixarem à sala da CDHM.
O pastor Silas Mafalafaia já avisou que troca de nome se Feliciano tiver menos de 400 mil votos no pleito de 2014, em que tentará à reeleição para deputado federal. Em 2010, o presidente da Comissão de Direitos Humanos obteve 211 mil votos. Com a CDHM no colo, Feliciano conseguiu o holofote que desejava, aparecendo para seus eleitores, “mostrando serviço” a quem depositou sua confiança nele, e a quem acredita em suas idéias.
O pastor Silas Mafalafaia já avisou que troca de nome se Feliciano tiver menos de 400 mil votos no pleito de 2014, em que tentará à reeleição para deputado federal. Em 2010, o presidente da Comissão de Direitos Humanos obteve 211 mil votos. Com a CDHM no colo, Feliciano conseguiu o holofote que desejava, aparecendo para seus eleitores, “mostrando serviço” a quem depositou sua confiança nele, e a quem acredita em suas idéias.
De polêmica em
polêmica, Feliciano ganha mais uma manchete, coloca mais um tijolo na parede na
sua escalada política que, convenhamos, vai deixando o baixo clero para ganhar
alguma significância. Estratégias de guerrilha política, de quem sabe jogar.
Feliciano está bem assessorado, conhece os aliados, os alvos, e parece preparado
para tudo.
“Fale mal
Mas fale de mim
Não faz mal
Quero mesmo assim” (Ataulfo Alves)
Mas fale de mim
Não faz mal
Quero mesmo assim” (Ataulfo Alves)
Algumas frases de Feliciano nas redes
sociais:
“A podridão dos sentimentos dos
homoafetivos, levam ao ódio, ao crime, a rejeição”
“Respondi a deputado que: negro
nasce negro, índio nasce índio, mas homossexual não nasce homossexual”.
“Os artistas são a favor do
casamento gay. Os intelectuais também são. Resta aos cristãos e conservadores
de valores morais lutarem”.
“Pois depois da União Civil vira a
adoção de crianças por parceiros gays, a extinção da palavra pai e mãe, a
destruição da família”.