terça-feira, 20 de agosto de 2013

Fui chafurdar no lixo e encontrei as "vendas" da justiça

Passando pela lama espessa fui chafurdar no lixo e em meio a resíduos e maus cheiros encontrei a venda dos olhos da “justiça”, deformada e escondida em um canto sombrio.  A escultura homônima em frente à alta corte, há algum tempo, tudo vê.

Agora, surge a preocupação de ser submetido a um olhar parcial, desbalanceado, que delibera acatando a pressão popular, utilizando para seguir esses anseios, uma teoria que prega suposições e “achismos”, ferindo gravemente o Estado Democrático de Direito.

Atualmente, a livre expressão do contraditório, da divergência, também não é mais bem vista. Ora, desconsiderar um argumento de defesa é válido. Não apreciá-lo, discuti-lo, deformá-lo, no entanto, revela que o ponto de vista dos réus não interessa quando se têm cartas marcadas. Não é defender os acusados, mas garantir equidade na balança.


O sumiço da faixa nos olhos da “justiça” inquieta e remete a pergunta que não quer calar: de quem é a verdadeira chicana?  A tramoia que manobra exceções escolhidas a dedo, vai percorrer a esteira da história e, lá na frente, longe das paixões momentâneas, vamos analisar com calma este período onde se tem o domínio do fato.    

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