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Marina Silva e Eduardo Campos Foto: Reprodução |
Com os pés
fincados nos pilares da sustentabilidade e na defesa dos grupos ambientalistas
na criação de sua Rede, a ex-senadora Marina Silva retornou à realidade
partidária onde as legendas não diferem no fisiologismo político.
A decepção de parte da militância da Rede, que aguardava a criação de uma agremiação que fizesse uma “nova política”, longe de relações promíscuas e nomes jurássicos, ganhou força com a filiação “simbólica” de Marina no PSB.
Em 2011, na
votação do Código Florestal, 27 dos 30 deputados do PSB votaram a favor da
bancada ruralista. No ano passado, o bloco ficou dividido: 16 votos para a tese
ambientalista e 9 contra. Com a
concretização de uma chapa puro sangue com Eduardo Campos – onde Marina deve
ser a cabeça – não será difícil ver a ex-senadora dividindo palanques nas
cidades com Heráclito Fortes e Paulo Bornhousen. Na curva à direita na busca de
apoio, o PSB já conversa com DEM e PPS, o que pode enfraquecer possível campanha
de Aécio Neves – que vê no retrovisor o incômodo José Serra – empolgado pela
movimentação de Marina que pode ressoar seu nome no ninho tucano.
Chavismo
Marina está
certa ao criticar o casuísmo na tentativa de aprovação no Congresso de projeto
que sufocava as novas legendas, diretamente apoiado pelo Planalto. No entanto, falha ao comparar a continuidade do governo petista ao chavismo. “Chávez mudou
a lei eleitoral para garantir maioria no Parlamento – mesmo perdendo votos;
pressionou a imprensa e a mídia, partidarizou o governo. Nada disso pode ser
assacado contra os governos Lula e Dilma, a não ser por aqueles que têm pouca
preocupação com a realidade. A própria nomeação de petistas para cargos de
confiança não deve ter sido maior que a de tucanos e pefelistas no governo FHC,
e, além disso, está muito longe do que fez Chávez”, diz o professor de
Filosofia Política da Universidade de São Paulo (USP), Renato Janine Ribeiro.
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